Hotelaria , Hora de Repensar e Agir
Com a larga experiência de muitos anos vividos na hotelaria brasileira e, na expectativa de onde esta Pandemia iria nos levar, atenta a tudo o que se tem publicado à respeito de como viveremos quando tudo isso passar, chego a conclusão que muito se tem aventado, porém, com um conteúdo alarmante, de como e quando as hospedagens voltarão acontecer! Pois bem, acabo de fazer uma pesquisa com cerca de 45 hotéis, das mais diversas cidades e regiões à respeito de propósito, uma vez que, muitos desses já retornaram e alguns nem fecharam…
O meu propósito é levar através deste artigo, uma mensagem de otimismo, lembrando que quem já viveu diversas situações adversas no Brasil, sabe o espírito brasileiro, que felizmente, deixa para trás com muita rapidez e se reinventa focando o futuro.
Temos certeza, sim, que nada, a curto prazo, será como vinha sendo…
Medidas extremas terão que ser reinventadas, mas, tudo dentro de fatos e hábitos que já aconteciam nos hotéis.
O que tem que mudar e muito é a higienização, que sabemos, que em alguns empreendimentos (muitos), isso não era feito de maneira acuidada, meticulosa e pormenorizada- digo isso, por experiências vividas e por muitos e-mails recebidos de usuários de hotéis, para a minha Coluna no site.
Primeiramente os donos ou gestores de hotéis sempre tem à frente a palavra CUSTO, mas, agora é hora de mudar essa forma pragmática, terão que agir com a causa e não com o bolso, investir mais e melhor no material humano, essencialmente na área de Governança, treinamentos pesados no setor, tendo em mente que um hotel converge pessoas de todo o mundo, com hábitos diferentes de higiene, que podem deter várias doenças, vírus e bactérias, etc…
Conclusão> hoje está à frente a valorização do serviço braçal em detrimento do intelectual, sempre mais valorizado!
Haja visto que um hotel até consegue operar sem gerente, maitre, chefe de recepção, chefe de cozinha, mas, nunca sem uma equipe de governança.
Os apartamentos – por exemplo terão de ser limpos assiduamente com produtos especiais para o piso e, essencialmente para os banheiros, estes com extrema premência, com profissionais treinados, qualificados e supervisionados, para que isso realmente aconteça. Aí a necessidade de uma governança eficaz e, a troca de produtos de limpeza tradicionais, por outros iguais ou semelhantes aos utilizados em hospitais, bem como, a compra de equipamentos especiais de higienização.
Outros setores > como a recepção – higienizados de forma que o hóspede ao adentrar perceba isso- ácool em gel, abundante e, em vários pontos, dependendo do hotel a necessidade de um balcão próximo para o check-in e check-out, sem a necessidade como já foi publicado em vários artigos, de uma reforma da recepção…etc. e, a obrigatoriedade do uso de máscara tanto para os funcionários, como os hóspedes. Nunca esquecendo que o povo brasileiro é caloroso e, isto fará toda a diferença neste e após esse momento.
Com relação ao A&B, na pesquisa feita (mencionada acima), foi um dos pontos mais comentados. Vários deles, estão servindo de forma usual, o café da amanhã no restaurante do hotel, estilo à La Carte, devidamente esterilizados e envolto servido por os garçons de máscara e luvas e respeitando o distanciamento de mesas e de pessoas.
Por fim, todos os hotéis terão obrigatoriamente de investir pesado em equipamentos e acima de tudo em produtos, fiscalizando “in loco” sua fabricação, os compostos químicos envolvidos, e processos industriais que garantam a qualidade exigida.
Portanto, a retórica que tudo deva ser orientado pela OMS (Organização Mundial da saúde) e outras de vários setores, tidas como obrigatórias, decretos, etc… com certeza não serão aplicadas, até como deveriam, sim, pelo simples fato da divergência de credos, administração, fiscalização, conceito de necessidade premente, gestão financeira, entre outras!
Finalizando, é hora de se repensar em vários procedimentos, sem contudo preservas a vontade, o sonho e a certeza de que queremos sair dessa, o mais breve possível que possamos, vivendo um dia de cada vez, prestando atenção nos acontecimentos “reais”, sem interferências políticas ou econômicas.
Elza Wolcoff
Diretora Portal de Hotéis